quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Neve em Tomar, 23 anos depois


Foi um domingo diferente para muitos portugueses que acordaram com flocos de neve a cair do céu. Um pouco por toda a região, sobretudo nas zonas mais altas, a neve caiu abundantemente. A cidade templária não foi excepção e os tomarenses saíram à rua para festejar o acontecimento.
Segundo o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém nevou em 12 concelhos do distrito, sobretudo nos situados mais a norte, como Tomar, Ourém, Abrantes e Alcanena.
Para os meteorologistas, a queda de neve deste domingo foi provocada por um fenómeno raro. A “culpa”, dizem os especialistas, é da onda de frio polar que afecta a Europa central e que, no passado fim-de-semana, atingiu a Península Ibérica.

Neve não deu descanso a Bombeiros

A queda de neve provocou algumas ocorrências e acidentes no dia 29 de Janeiro. Segundo o comandante dos Bombeiros municipais, na zona de Carregueiros e Brasões, as estradas ficaram “intransitáveis” tendo algumas viaturas resvalado para as valetas, pelo que os bombeiros tiveram que “dar uma ajuda aos automobilistas” para que os carros voltassem a circular. Segundo Manuel Mendes, também na estrada do Castelo de Bode se registaram alguns problemas em relação à neve, envolvendo viaturas. No domingo, houve ainda o registo de três incêndios no concelho. Um desses teve lugar no sótão de uma casa no Castelo de Bode, destruindo parte da casa e o recheio do sótão. Outro incêndio ocorreu numa casa desabitada na estrada de Leiria, ardendo ainda uma chaminé na Rua dos Moinhos.
Os bombeiros registaram no domingo, sete emergências pré-hospitalares e o habitual transporte de doentes a casa.

Já por parte da Polícia de Segurança Pública, e segundo o comissário Lopes Martins, “apenas houve a registar um acidente de viação e que, de alguma forma, o nexo causal teve a ver com a queda de neve”. Lopes Martins deixa ainda uns conselhos aos automobilistas: “Nestas alturas, quer com neve, quer com o gelo, os automobilistas terão que ter preocupações acrescidas e, sobretudo, deverão guardar uma distância regulamentar em relação aos veículos da frente, por forma a que em caso de derrapagem do próprio veiculo não vão colidir com os mesmos”.
(comente esta notícia)