Urgência centralizada em Abrantes
A proposta final apresentada ontem pela Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências confirma o que já se esperava. Na nossa região Abrantes e Santarém ficam dotadas de Serviços de Urgência Médico-Cirúrgica (SUMC) enquanto que para os hospitais de Tomar e Torres Novas propõe-se um serviço de Urgência básica.
O relatório refere a “crescente concentração de valências de urgência num pólo” do Centro Hospitalar do Médio Tejo, ou seja em Abrantes.
Esta “revolução” nos Serviços de Urgência a nível nacional deverá ser aprovada pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, dentro de dias.
Fonte do gabinete do ministro da Saúde afirmou ao Correio da Manhã que a decisão do governante “pode aceitar ou não as propostas que constam no relatório final da comissão”.Um trabalho da Universidade de Coimbra e do Instituto Politécnico de Tomar – que avaliou os acessos às Urgências a partir de todos os pontos do País, tendo em conta o estado das estradas, circulando a uma velocidade de 60 quilómetros/hora – constatou que 60 mil indivíduos estão a mais de uma hora de distância de uma Urgência.
02-02-2007 11:55
O relatório refere a “crescente concentração de valências de urgência num pólo” do Centro Hospitalar do Médio Tejo, ou seja em Abrantes.
Esta “revolução” nos Serviços de Urgência a nível nacional deverá ser aprovada pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, dentro de dias.
Fonte do gabinete do ministro da Saúde afirmou ao Correio da Manhã que a decisão do governante “pode aceitar ou não as propostas que constam no relatório final da comissão”.Um trabalho da Universidade de Coimbra e do Instituto Politécnico de Tomar – que avaliou os acessos às Urgências a partir de todos os pontos do País, tendo em conta o estado das estradas, circulando a uma velocidade de 60 quilómetros/hora – constatou que 60 mil indivíduos estão a mais de uma hora de distância de uma Urgência.
02-02-2007 11:55
2 Comments:
Se se for a 120 km/h, reduz-se o tempo para metade. É ir prego a fundo...
O Relatório Final da Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências, nomeado pelo Ministério da Saúde, dado a conhecer no final da semana passada é muito claro na opção para Tomar:
O nosso Hospital passará a ter uma Urgência Básica, o que, em termos muito simples, quer dizer que a Urgência do Hospital de Tomar pouco mais será que um Centro de Saúde!
Trata-se da mais pura das verdades, pois, tal tipo de Urgência poderá também vir a ser encontrada em Centros de Saúde, um pouco por todo o País: dois médicos e dois enfermeiros!
A Assembleia Municipal Temática, que teve lugar na Biblioteca no passado dia 26 de Janeiro, foi muito clara no que ao sentir da população diz respeito:
A solução do Ministério não é a que os Tomarenses querem nem é a que Tomar necessita!
O Bloco de Esquerda, em Tomar, tem contribuído, no seio da Comissão de Acompanhamento do Hospital e da Assembleia Municipal, para, junto das várias instâncias do Ministério da Saúde, dar nota segura daquilo que aqui exigimos por direito próprio.
De resto, nem se compreende que com um investimento da magnitude daquele que foi feito no Novo Hospital, o Ministério da Saúde pretenda, agora, desperdiçar a capacidade técnica instalada. E muito menos se compreende que o Ministério pretenda afastar as pessoas dos serviços que um Hospital mesmo à mão pode proporcionar.
Ao contrário do que o Ministro da Saúde afirma, esta pretensa atitude de abaixamento do nível da Urgência não é nem racional nem acauteladora da boa gestão dos dinheiros públicos: estes estão ao serviço da População; não é a População que deve estar ao serviço do dinheiro do Ministério da Saúde!
No passado Domingo, dia 4, a Comissão de Acompanhamento do Hospital reuniu e considerou que “o tempo do debate institucional com o Ministério da Saúde terminou, sendo urgente dar visibilidade nacional ao descontentamento dos Cidadãos”.
A deliberação tomada nessa reunião é também muito clara no que ao que esperamos do nosso Presidente da Câmara, aliás, na sequência das suas próprias palavras na já referida Assembleia Temática, e cito de memória: “quando for preciso, convocarei as pessoas e então veremos se há ou não há gente na rua”.
Os cinco Partidos e Grupos Políticos representados na Assembleia Municipal, pela voz dos seus representantes na Comissão de Acompanhamento do Hospital foram unânimes, ao fim da manhã do passado Domingo, em recomendar ao Senhor Presidente da Assembleia Municipal que, conjuntamente com o Senhor Presidente da Câmara Municipal, convoque a população para acções de rua.”
Vamos a isso!
Carlos Trincão
Membro da Assembleia Municipal eleito pelo Bloco de Esquerda
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