quarta-feira, outubro 31, 2007

“Há muita gente a passar fome em Tomar”

São já 350 as famílias que, actualmente, recebem apoio da Cáritas de Tomar, quase o dobro de há dois anos.
O presidente da Cáritas, José Manuel Rodrigues, conhece de perto a realidade e reconhece que “há muita gente a passar fome em Tomar”. Outra situação que está a aumentar é a chamada “pobreza envergonhada”, pessoas da classe média ou alta, alguns licenciados, que por circunstâncias da vida estão a passar mal.
- Classe média: novos pobres
- Pobres vendem alimentos que são oferecidos
- Pobres cada vez mais pobres
Todos os pormenores, entrevista ao presidente da Cáritas e o relato de casos concretos de pobreza na edição desta semana do Jornal "O Templário"

31-10-2007 9:21

Jornal “O Templário”
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26 Comments:

Anonymous Anónimo said...

É lamentável de facto toda esta situação.
350 famílias a viverem do apoio da Cáritas de Tomar é um número exageradamente elevado para um concelho da dimensão de Tomar.

No entanto julgo que não devemos ler a notícia apenas pela vertente jornalística. Temos que pensar um pouco socialmente.
E com este propósito, verifica-se algo curioso.
A cáritas dá aos pobres bens de primeira necessidade, alimentos. No entanto assiste-se cada vez mais à consequente venda desses bens que foram oferecidos. Esta constatação revela que existe uma desadequação entre as necessidades dos pobres e os bens que essas organizações não governamentais oferecem.
De facto o que os pobres querem na maior parte das vezes é de dinheiro não de alimentos. A recorrência à Cáritas revela-se tão só uma forma de fazer dinheiro fácil. Por duas vias: pela redução da conta da mercearia ao fim do mês e/ou pela venda de bens alimentares que não irão utilizar.

Esta situação merecerá uma atenção muito especial por parte dos nossos dirigentes, da sociedade em geral e desas ONG que levados por bons projectos por vezes esquecem-se dos objectivos.

Justiceira de Asseiceira

31 outubro, 2007 10:20  
Anonymous Anónimo said...

Para a justiceira da Asseceira: Eis um post com estrutura, linguagem e argumentos válidos. Subscrevo tudo o que disse.

31 outubro, 2007 11:41  
Anonymous Anónimo said...

Bem podem fazer as análises que quiserem.
Quem andou durante estes anos, a vender a ideia que o concelho de Tomar vai viver da cultura e turismo que assuma as responsabilidades. E o pior está ainda para vir, esperem mais algum tempo...

31 outubro, 2007 11:56  
Anonymous Anónimo said...

Não podemos ser assim tão pessimistas. Não nos esqueçamos que temos a dirigir-nos alguém com uma visão estratégica entre o Duarte Pacheco e o Marquês de Pombal. Os resultados hão-de aparecer.

31 outubro, 2007 12:19  
Anonymous Anónimo said...

Visão estratégica?...

Só se tivermos em conta os investimentos em África. Pois por Tomar, está tudo cada vez pior.
Não há rasgo de visão estratégica pública. Apresentaram-se projectos irrealistas que nunca serão concretizados. Avança-se com obras menores, sem estratégia ou rasgo de sustentabilidade por motivos obscuros e/ou mero interesse eleitoralista.

E o pior é que as pessoas já estão desmotivadas. Já perceberam que que lhes resta é saírem para fora. Comprar casa no Entroncamento ou Ourém, Trabalharem em Abrantes ou Torres Novas. Mesmo em termos de Ensino, as Escolas de Tomar vão sendo ultrapassadas nos rankings que se publicam. E Politécnico?... Um flope com os dias contados que não irá sobreviver ao controle de qualidade que tem vindo a ser implementado.

O último que desligue a luz, feche a porta e ponha o letreiro de leilão na maçaneta.

Muito Obrigado por terem assistido à versão tomarense do Canto do Cisne.

31 outubro, 2007 12:37  
Anonymous Anónimo said...

E isto ainda vai ficar pior, podem ter a certeza, pois com os politicos que este país tem, é certinho direitinho.
Qualquer dia este País está como o brasil ou ainda pior.(Classe média não existe ou é diminuta, existindo sim um grande fosso entre os ricos e abastados e o restante(maioria)pobres e a viver mal

31 outubro, 2007 14:00  
Anonymous Anónimo said...

Venturas e Desventuras de um Doente no Hospital Distrital de Tomar.

01 novembro, 2007 00:18  
Anonymous Anónimo said...

Pedro Aniceto é um dos mais conhecidos internautas do País.
É o homem da Mac, director da revista icreat.
Costuma participar nos comentários dos blogs.
O médico está lixado!

01 novembro, 2007 20:43  
Anonymous Anónimo said...

A situação de um modo geral não tá facil, o pais que estes governantes oferecem é completamente o invés da realidade.Está a vista o que se vai passando, e o que está na calha para sair, deixa isto tudo num caus, elegemos os nossos proprios "carrascos".Comecem a abrir os olhos

01 novembro, 2007 21:15  
Anonymous Anónimo said...

Aprovada no Conselho de Ministros a reforma antecipada no Estado a partir dos 33 anos de serviço
31.10.2007 - 15h12
Por Lusa
O Governo aprovou hoje uma proposta para facilitar os pedidos de reforma antecipada dos trabalhadores da Administração Pública, que poderão solicitá-la em 2008 se tiverem 33 anos de serviço, ou 65 anos de idade.

A medida faz parte da proposta de lei hoje aprovada em Conselho de Ministros que torna extensivo o regime de mobilidade especial aos trabalhadores com contrato individual de trabalho.

A proposta cria também a protecção no desemprego de trabalhadores da administração pública e adopta medidas de ajustamento em matéria de aposentação dos subscritores da Caixa Geral de Aposentações.

Em conferência de imprensa, o ministro de Estado e das Finanças referiu que o diploma pretende reforçar a convergência entre os regimes de aposentação da Administração Pública com o regime geral.

Pelo diploma, a partir de 2015, o tempo de serviço mínimo exigido para o acesso à aposentação será de 15 anos, quando actualmente, no âmbito da Administração Pública, o mínimo exigido é de 36 anos.

"O Governo propõe uma aproximação gradual para os 15 anos até aos 2015. De ano para ano, será reduzido o tempo mínimo de serviço exigível", frisou Teixeira dos Santos.

No entanto, após a promulgação do diploma, os trabalhadores da administração pública já com 65 anos e com 15 anos de serviço poderão solicitar a sua aposentação.

Também para reforçar a convergência, o ministro de Estado e das Finanças referiu que "o número de anos de serviço exigível para o pedido de aposentação antecipada vai convergir com o da segurança social, que é neste momento de 30 anos".

Desta forma, no âmbito deste processo de convergência, o Governo estabeleceu que, em 2008, com 33 anos de serviço, o funcionário do Estado poderá solicitar uma aposentação antecipada.

"A partir de 2009, haverá um regime análogo ao do regime geral, ou seja, poderá haver aposentação antecipada se o funcionário tiver 30 anos de serviço e 55 anos de idade", acrescentou.

Na conferência de imprensa, Teixeira dos Santos negou que esta medida tenha representado um recuo do executivo, contrapondo que se tratou antes de "corrigir uma incongruência" no objectivo do Governo de promover a convergência entre os regimes da Administração Pública e o regime geral em termos de reformas antecipadas.

"Nas grandes reformas, há por vezes pormenores que nos escapam. Não se compreenderia que houvesse uma maior exigência para as reformas antecipadas dos trabalhadores da administração pública", observou.

PÙBLICO online

01 novembro, 2007 22:32  
Anonymous Anónimo said...

Quem não está bem que emigre!

02 novembro, 2007 01:20  
Anonymous Anónimo said...

Óptima solução, covenhamos.
Já o Salazar dizia o mesmo!

02 novembro, 2007 09:38  
Anonymous Anónimo said...

E não é que a emigração está a aumentar?...

02 novembro, 2007 09:57  
Anonymous Anónimo said...

Os capangas do pedro marques atacam de novo!
Lindo... lindo!
O Paiva é que os topa!


O BURRO não é capanga de ninguém. É um asno oríundo de uma ilustre coudelaria ribatejana. Uma nobre pileca que jamais terá executado trabalhos forçados. Sempre de orelhas levantadas e pelo alisado nos melhores picadeiros da cidade. Com uma habitação condigna com o seu estatuto social na cidade do Nabão.
Portanto não é capacho de ninguém.

02 novembro, 2007 10:15  
Anonymous Anónimo said...

Sr anónimo, capanga é o tratamento amigável e familiar lá em sua casa?
Capanga pai, capanga mãe, capanga irmão/ã, capanga mulher, capanga sogra/o, capanga filho, não é?!
Vivó BURRO.
Lindo... lindo.

02 novembro, 2007 10:53  
Anonymous Anónimo said...

O BURRO não é capanga de ninguém. É um asno oríundo de uma ilustre coudelaria ribatejana. Uma nobre pileca que jamais terá executado trabalhos forçados. Sempre de orelhas levantadas e pelo alisado nos melhores picadeiros da cidade. Com uma habitação condigna com o seu estatuto social na cidade do Nabão.
Portanto não é capacho de ninguém.

02 novembro, 2007 11:51  
Anonymous Anónimo said...

"O BURRO não é capanga de ninguém. É um asno oríundo de uma ilustre coudelaria ribatejana. Uma nobre pileca que jamais terá executado trabalhos forçados. Sempre de orelhas levantadas e pelo alisado nos melhores picadeiros da cidade. Com uma habitação condigna com o seu estatuto social na cidade do Nabão.
Portanto não é capacho de ninguém."

QUEM ESCREVEU ISTO ESTÁ CADA VEZ MAIS PERTO DE QUEM SOU. ACIMA DE TUDO TEMOS QUE TRABALHAR E O TALENTO, QUE TODOS TEMOS NUMAS OU NOUTRAS COISAS, É UMA ÍNFIMA PARTE DAS CARACTERÍSTICAS ANIMAIS,

O BURRO!

02 novembro, 2007 13:40  
Anonymous Anónimo said...

Como é que pode haver fome em Tomar, se ainda vejo tantos patos (e peixes) no rio, e tantos pombos na Praça da República?...

Turista acidental

02 novembro, 2007 17:32  
Anonymous Anónimo said...

Quero a sua cabeça, Dr.!

"Tomem bem conta dela" disse-me o chefe de equipa à despedida do Serviço de Urgência do Hospital de Tomar. Agradeci o cuidado, apesar de apenas minutos antes quase ter perdido a paciência numa discussão estúpida sobre o teor de análises sanguíneas. Apenas quis dissipar os meus receios mais profundos quando lhe perguntei se achava razoável que a paciente fizesse duzentos quilómetros rumo a Lisboa, sentada ao meu lado num simples automóvel de passageiros. "Não vejo problemas nisso, é apenas uma situação de trauma, doloroso mas apenas um trauma" disse-me ele. A viagem fez-se, com inúmeras queixas da paciência da paciente. Dores, muitas dores.
Quando hoje uma equipa de Ortopedia de um outro hospital me chamou a uma das paredes do serviço para me explicar uma radiografia, a minha fúria ia-me fazendo perder a razão. "Veja, há três vértebras fracturadas: D5, D6 e D7".

Dr. Francisco Santos, da próxima vez que disser ao familiar de um paciente que os meios de diagnóstico que usou são apenas "gastar dinheiro ao Estado", pense em quanto custa a esse mesmo Estado ter um incompetente como Chefe de Serviço. Vou querer a sua cabeça, Dr. e não é para um TAC.

in Reflexões de um cão com pulgas por Pedro Aniceto.

03 novembro, 2007 10:14  
Anonymous Anónimo said...

Pedro Aniceto é um dos mais conhecidos internautas do País.
É o homem da Mac, director da revista icreate.
Costuma participar nos comentários dos blogs.
O médico está lixado!

03 novembro, 2007 14:52  
Anonymous Anónimo said...

Em Tomar o problema da fome não é tanto como o fazem passar, mas sim a vontade de trabalhar é que apresenta estes dados. Porque, as pessoas habituam-se a ter as coisas sem terem de trabalhar. E isto dos hábitos é o diabo para se perderem.

04 novembro, 2007 14:28  
Anonymous Anónimo said...

"Em Tomar o problema da fome não é tanto como o fazem passar, mas sim a vontade de trabalhar é que apresenta estes dados. Porque, as pessoas habituam-se a ter as coisas sem terem de trabalhar. E isto dos hábitos é o diabo para se perderem."

Exactamente pois em África e na América do Sul é exactamente assim. É mentalidade de Zé Carioca.
E mais, há muita fome em famílias que andam com bons carros, vivem em casas demasiadamente confortáveis e fazem vida de novos-ricos.
Tiram da boca para dar ao carro e à casa. Os filhos é que pagam agora e mais tarde por isso considero uma grande parte das famílias portuguesa macacos amestrados.
"O gajo tem um caro assim... vou já pedir mais um crédito a engrossar a bola de dívidas que tenho para ter um igual ou melhor!"
E viva a liberalização do movimento e capitais desde 1993!!!
Conheço uma pessoa que me disse que não come só para viver nas aparências e dos calotes... como essa pessoa existem dezenas de famílias aqui em Tomar e depois façam a multiplicação por 300 e tal concelhos e vejam na porcaria em que estamos.
Quanto a mim vivo muito bem e sem dívidas pois sai tudo do trabalho sério da minha casa e não ando a pedir aos sogrinhos para me taparem os buracos (viva a poupança qb). É vê-los ao fim-de-semana a pagarem almoços e compras nos hiper-mercados aos filhos, genros e noras. A cobrirem rendas do carro e do apartamento! Ufa, viva a independência.

04 novembro, 2007 16:02  
Anonymous Anónimo said...

Está tudo certo.
E aqueles que querem trabalhar e não têm trabalho?
E os que têm trabalho, mas têm uma família a sustentar e não ganham que chegue?
Felizmente que, no meio disto ainda há gente séria, trabalhadora, mas que não tem bons empregos, nem pais ricos, nem padrinhos no poder e nem espaço no banco para mais empréstimos ou folga para os em vigor.
Hoje o aforro é um luxo.
Xapa ganha, xapa gasta é o quotidiano; nada resta, falta mas é!

04 novembro, 2007 16:35  
Anonymous Anónimo said...

Certo está, meus caros amigos, concordo com o que foi dito nestas 2 ultimas intervenções. O pior foi o que aconteceu a minha mulher,ao fim de trabalhar 8 anos é "despejada" do trabalho que tinha e onde nem sequer recebe fundo de desemprego, isto graças a manipulação do empregador, que aproveitou-se da nova lei em vigor desde 01/01/2007, lei essa que veio e muito facilitar os despedimentos, vejam a lei publicada 03/ Novembro de 2006 / , ficarão a saber o resto

04 novembro, 2007 20:21  
Anonymous Anónimo said...

É assim o socialismo do Sócrates!
Dar aos ricos (e amigalhaços) para tirar aos pobres!
É o Robim ao contrário.
Claro, socialismo democrático!!!!!

04 novembro, 2007 20:56  
Anonymous Anónimo said...

O pais de Sócrates é assim mesmo, atabalhoado anti-social e arcaico. Um pais onde se promete o que não se pode dar, onde existe 20% da populacão pobre, entre os quais foi acrescido 5%, nos ultimos 2 anos, a injustiça social infelizmente é real e o desemprego ronda os quase 600 mil, uma ninharia.

05 novembro, 2007 23:11  

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